14 de novembro de 2011

Pressa de lá chegar

Mentes fracas passageiras,
caçadores de embusteiras.
Vertem lágrimas de sangue
violando a boca pelo sorriso.

Descanso o tempo e analiso:
-Será que vale a pena
competir nesta arena,
dar corpo a uma vontade
presa pela curiosidade?

Podia gritar, espernear
mas ninguém me ouve.

- Calma, vamos passear.

Não vale a pena lamentar,
algo que não houve.

Perder tempo a fomentar
sentimentos repetitivos.
Tens mais em que pensar,
trilhos menos corrosivos.

Não queiras compensar
o actual vazio por dentro,
chega de olhar o mundo
agora, descobre o teu fundo.

Caminha até ao epicentro
do teu sismo de emoções,

Para mais tarde, os corações.

Sem dor não há crescimento,
aguarda pelo teu momento.
Sem pressas nem correrias…
Assim, já mais lá chegarias.


João Pedro/2009

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