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"El sueño de la razón" - Francisco Goya |
Se conseguisse explicar o porquê,
porque não fico indiferente…
No contraste do desejo de estar contigo,
entregando-me ao chamamento,
com o receio de te ter no pensamento
que demanda evitar o teu caminho.
Sempre que visitas o meu mundo,
sei como se vai desenrolar.
Parece que tudo já foi escrito...
Mas é tão fácil esquecer
e voltar a abraçar-te,sei como se vai desenrolar.
Parece que tudo já foi escrito...
Mas é tão fácil esquecer
ser envolvido nesse teu doce sufoco.
Obsessão, calor... É teu coração…
Tudo num instante passional,
mas sempre, sempre igual.
E não existe transparência...
No meio desta obscuridade,
feres com a consciência,
mas matas com a saudade.
No meio desta obscuridade,
feres com a consciência,
mas matas com a saudade.
Por isso, sempre que me aproximo,
acabo por ter que me afastar.
Só peço a força para ignorar,
quando a mente pede por ti...
acabo por ter que me afastar.
Só peço a força para ignorar,
quando a mente pede por ti...
João Pedro / 1997
15 comentários:
Intenso... como eu gosto!
Nem tinha sabor, se não fosse intenso...
a contradição do querer e não querer só vai com a madureza. até lá é ameno, o querer - tal como o do não querer: por falta de certeza. :-)
A certeza que provem da madureza, resolve a contradição. O Goya não surge por acaso. :-)
sábio, vês, o Shakespeare do pincel. :-)
Boa noite João Pedro,
Que poesia! Que palavras!
Mas, os leões devoram tudo. Não estou bem, aqui. Vou para a luz, de novo.
Ah! mas, a fusão, transformação do estado, corpo, sólido em líquido.
Seja feliz.
Luz, por favor... Por quem nos toma???
O leão, hoje em dia, compra já feito. Isso era no tempo da velha senhora. Se o Leão estivesse com fome, nesse tempo, a Luz já era. E nem dava por nada. hehe
Esteja à vontade. E tome o tempo que quiser. Um dos meus objectivos, é que a Luz e quem aqui entrar, se sinta bem.
A felicidade é algo que vem de dentro para fora. Cuido da minha. E gosto de partilhá-la.
Seja feliz também, Luz.
Boa noite João Pedro,
Como vai?
Eu sei, que, agora se compra tudo feito, à excepção dos afectos.
Se os pagar, não são afectos, são serviços.
Velha Senhora? Mas, nesse tempo já havia luz, sempre, desde que me conheço, houve luz.
É evidente, que andamos a brincar com a palavra luz.
Estou à vontade, decerto, porque vivemos na Idade Contemporânea.
Grata pelo seu comentário, bem agradável.
Volte, quando quiser, quando lhe apetecer e quando isso lhe der prazer.
Bom Domingo.
Seja feliz!
O que seria de nós, sem luz ou sem afectos, Luz.
Sporting ou Benfica, leões e águias... Pormenores.
Sejamos felizes!
Boa noite João Pedro,
É tão sucinto e tão "rafiné"!
Está a surpreender-me, pela positiva, porque já tenho lido afirmações suas e respostas a comentários, que me deixam com dois pés atrás.
Bem, eu, também sei, que "vocês dançam, conforme a música".
Quando vamos ao S. Carlos, à ópera, devemos ir de fraque.
Quando vamos a uma tasca, podemos e devemos pôr roupa física e psíquica, de acordo, com o ambiente, com o pessoal.
Boa semana.
Seja feliz.
Costuma acontecer, isso de surpreender as pessoas. Não sei porquê, mas esperam sempre menos. O que diga-se de passagem... É bom. :-)
Boa semana para si também, Luz.
Sentimentos tirados do fundo da gaveta, meu caro João Pedro?
Creio q acontradição surge através do amor. Ou será o amor uma grande contradicao ?
Beijo,
I.
Este "Contradições" surge num período conturbado da minha vida. Nem sei bem, se o amor tem realmente um papel nesta contradição. Publiquei-o agora. São outras contradições que - nada - têm a ver com esta. Só o nome...
Beijinho Inês
João, obrigada pelo texto que compartiu comigo. E também pela sua presença e comentário ali no meu cantinho.
Seu poema? Lindo, intenso, doloroso... Só não sei se força de vontade vale nessa hora que a gente quer afundar nesse chamamento.
Beijokas doces.
Eu também não sei...
É o sono da razão, Marly!
Beijinho.
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